segunda-feira passou confusamente. Eu fui de aula para aula
esperando pelo sino final do dia. Eu liguei para o hospital antes da escola e
fui informada que Miley estava indo para a Sala Cirúrgica. Seu braço esquerdo
fora quebrado durante o ataque e já que o osso não estava alinhado, ela
precisava de cirurgia. Eu queria vê-la, mas não podia até o entardecer, quando
a anestesia passasse e os funcionários do hospital movessem-na para seu próprio
quarto. Era especialmente importante que eu ouvisse sua versão do ataque antes
que esquecesse dos detalhes ou enfeitasse-os. Qualquer coisa que ela lembrasse
que pudesse preencher a imagem e me ajudar a descobrir quem havia feito isso.
A medida que as horas se esticavam pela tarde, meu foco
mudou da Miley para a garota do lado de fora da Victoria’s Secret. Quem era
ela? O que ela queria? Talvez fosse uma coincidência pertubadora Miley ter sido
atacada minutos após eu observar a garota segui-la, mas meus instintos
discordavam. Eu desejava ter uma imagem melhor de como ela era. O moletom largo
com capuz e a calça jeans, junto com a chuva, fizeram um bom trabalho em
disfarçá-la. Pelo que eu sabia, podia ter sido a Taylor Swift. Mas no fundo não
parecia a pessoa certa.
Eu passei no meu armário para pegar meu livro de texto,
então me dirigi para minha última aula. Eu entrei para encontrar a cadeira do Joe
vazia. Tipicamente, ele chegava no último momento possível, empatado com o
sinal de atraso, mas o sinal tocou e o treinador tomou seu lugar no quadro
negro e começou a lecionar sobre equilíbrio.
Eu ponderei sobre a cadeira vazia do Joe. Uma minúscula voz
no fundo da minha cabeça especulava que sua falta pudesse estar conectada ao
ataque da Miley. Era um pouco estranho ele faltar na manhã seguinte. E eu não
conseguia esquecer o frio gelado que tinha sentido momentos antes de olhar para
fora da Victoria’s Secret e perceber que estava sendo observada. Em todas as
outras vezes que me sentia dessa maneira, era porque Joe estava próximo.
A voz da razão rapidamente extinguiu o envolvimento do Joe.
Ele podia ter pego um resfriado. Ou ele podia ter ficado sem gasolina a caminho
da escola e estava encalhado a quilômetros de distancia. Ou talvez houvesse um
jogo de sinuca com apostas altas acontecendo na Bo’s Arcade e ele achava que
era mais lucrativo que uma tarde passada aprendendo as complexidades do corpo
humano.
No fim da aula, o Treinador me parou a caminho da porta.
“Espere um minuto, Demi.”
Eu me virei e puxei minha mochila sobre meu ombro. “Sim?”
Ele estendeu um pedaço dobrado de papel. “A Senhorita Greene
deu uma passada antes da aula e me pediu para te dar isso,” ele disse.
Eu aceitei o bilhete. “Senhorita Greene?” Eu não tinha
nenhuma professora com esse nome.
“A nova psicóloga da escola. Ela acabou de substituir o Dr.
Hendrickson.”
Eu desdobrei o bilhete e li a mensagem rabiscada.
Querida Demi,
Eu tomarei o papel do
Dr. Hendrickson como sua psicóloga escolar. Eu notei que você faltou nas suas
duas últimas consultas com o Dr. H. Por favor, venha logo, para que possamos
nos conhecer. Eu enviei uma carta para sua mãe para deixá-la ciente da mudança.
Tudo de bom,
Senhorita Greene.
“Obrigada,” eu disse ao Treinador, dobrando o bilhete até
ficar pequeno o bastante para enfiar dentro do meu bolso.
No corredor eu me misturei com o fluxo da multidão. Não
tinha mais como evitar agora – eu tinha que ir. Eu guiei pelos corredores até
que conseguisse ver a porta fechada do escritório do Dr. Hendrickson. Como
previsto, havia uma placa com um novo nome na porta. O latão polido brilhava
contra a porta de carvalho acastanhado: SENHORITA A. GREENE, PSICÓLOGA ESCOLAR.
Eu bati na porta, e um momento mais tarde ela se abriu de
dentro. Senhorita Greene tinha uma pele pálida perfeita, olhos azuis marítimos,
uma boca luxuriante, e um cabelo loiro fino e liso que caia abaixo de seus
cotovelos. Estava partido no meio de seu rosto oval. Um óculos turquesa de olho
de gato estava na ponta de seu nariz, e ela estava vestida formalmente com uma
saia-lápis com um padrão ziguezague cinza. Ela não devia ter mais que cinco
anos a mais que eu.
“Você deve ser Demetria
Lovato. Você parece exatamente como na foto em seu arquivo.” Ela disse, dando
um firme estímulo em minha mão. Sua voz era abrupta, mas não rude. De negócios.
Recuando, ela sinalizou para que eu entrasse no escritório.
“Posso te servir suco, água?” ela perguntou.
“O que aconteceu com o Dr. Hendrickson?”
“Ele se aposentou mais cedo. Eu estava de olho nesse
trabalho por um tempo, então aceitei a oportunidade. Eu freqüentei a Florida
State, mas cresci em Portland, e meus pais ainda moram lá. É bom estar perto da
família novamente.”
Eu vasculhei o pequeno escritório. Tinha mudado
drasticamente desde a última vez que estive aqui, há algumas semanas. As
estantes de livro de parede a parede estavam agora cheias de livros de capa
dura acadêmicos, mas genéricos, todos encadernados em cores neutras com letras
douradas. O Dr. Hendrickson tinha usado as estantes para mostrar fotos da
família, mas não havia fotos instantâneas da vida partículas da Senhorita
Greene. A mesma samambaia pendia da janela, mas sob os cuidados do Dr.
Hendrickson, ela fora bem mais marrom do que verde. Alguns dias com a Senhorita
Greene e já parecia alegre e viva. Havia uma cadeira rosa de paislei exposta à
mesa, e diversas caixas de mudança empilhadas no canto distante.
“Sexta foi meu primeiro dia,” ela explicou, vendo meus olhos
caindo nas caixas de mudança. “Ainda estou desempacotando. Sente-se.”
Eu abaixei minha mochila pelo meu braço e me sentei na
cadeira de paislei. Nada no pequeno cômodo dava pistas sobre a personalidade da
Srt. Greene. Ela tinha uma pilha de pastas de arquivos em sua mesa – não
organizada, mas não bagunçada, tampouco – e uma caneca branca do que parecia
ser chá. Não havia um traço de perfume ou de perfurmador de ar. O monitor de
seu computador estava desligado.
A Senhorita Greene se agachou atrás de um gabinete de
arquivos atrás de sua mesa, enfiou um arquivo de papel manilha claro, e
escreveu na aba em letra de imprensa com uma caneta esferográfica preta. Ela o
colocou em sua mesa próxima ao meu antigo arquivo, que levava algumas manchas
da caneca de café do Dr. Hendrickson.
“Eu passei o final de semana inteiro vendo os arquivos do Dr.
Hendrickson,” ela disse. “Entre nós, a caligrafia dele me dá enxaqueca, então
estou copiando todos os arquivos. Fiquei surpresa ao descobrir eu ele não usava
o computador para digitar suas notas. Quem ainda usa letra cursiva atualmente?”
Ela se assentou de volta em sua cadeira de rotação, cruzou
suas pernas, e sorriu educadamente para mim. “Bom. Por que não me conta um
pouco sobre a história das suas consultas com o Dr. Hendrickson. Eu mal
consegui decifrar suas notas. Parece que vocês dois estavam discutindo como
você se sente sobre o novo trabalho da sua mãe.”
“Não é tão novo assim. Ela está trabalhando faz um ano.”
“Ela costumava ser dona de casa, correto? E após a morte do
seu pai, ela pegou um trabalho de tempo integral.” Ela espreitou os olhos para
uma folha de papel no meu arquivo. “Ela trabalha para uma companhia de leilões,
correto? Parece que ela coordena leilões imobiliários por toda a costa.” Ela me
espiou por cima do óculos. “Isso deve requerer bastante tempo longe de casa.”
“Nós queríamos ficar na nossa casa da fazenda,” eu disse,
meu tom beirando o defensivo. “Não podíamos bancar a hipoteca se ela pegasse um
trabalho local.” Eu não tinha exatamente amado minhas sessões com o Dr.
Hendrickson, mas eu me encontrei sentindo ressentimento por ele ter se
aposentado e me abandonado com a Senhorita Greene. Eu estava começando perceber
a dela, e ela parecia atenta a detalhes. Eu a senti se coçando para escavar
cada canto obscuro da minha vida.
“Sim, mas você deve ficar bem solitária sozinha na casa da
fazenda.”
“Nós temos uma governanta que fica comigo todas as tardes
até as nove ou dez da noite.”
“Mas uma governanta não é o mesmo que uma mãe.”
Eu espio a porta. Eu nem tentei ser discreta.
“Você tem uma melhor amiga? Um namorado? Alguém com quem
possa falar quando sua governanta não é bem... apropriada para a questão?” Ela
afundou um saquinho de chá na caneca, então a levantou para tomar um gole.
Suas sobrancelhas levantaram-se perpendicularmente.
“Namorado?”
“Não.”
“Você é uma garota atraente. Eu imagino que deve haver algum
interesse do sexo oposto.”
“É o seguinte,” eu disse tão pacientemente quanto possível.
“Eu realmente aprecio você estar tentando me ajudar, mas eu tive essa mesma
conversa com o Dr. Hendrickson há um ano quando meu pai morreu. Reprocessá-la
com você não irá ajudar. É como voltar no tempo e viver tudo de novo. Sim, foi
trágico e horrível, e ainda estou lidando com isso todos os dias, mas o que eu
realmente preciso é seguir em frente.”
O relógio na parede tiquetaqueou entre nós.
“Bem,” a Senhorita Greene disse por fim, emplastando um
sorriso. “É muito prestativo conhecer o seu ponto de vista, Demi. Que era o que
eu estava tentando entender o tempo todo. Eu anotarei os seus sentimentos no
seu arquivo. Algo mais sobre o que gostaria de falar?”
“Nada.” Eu sorri para confirmar que, realmente, eu estava
bem.
Ela folheou mais algumas páginas do meu arquivo. Eu não
fazia ideia de que observações o Dr. Hendrickson tinha imortalizado ali, e eu
não queria esperar tempo o bastante para descobrir.
Eu levantei minha mochila do chão e movi para a beirada da
cadeira. “Eu não quero encurtar as coisas, mas eu preciso estar em um lugar as
quatro.”
“Ah?”
Eu não tinha vontade alguma de entrar no assunto do ataque
da Miley com a Senhorita Greene. “Pesquisa na biblioteca,” eu menti.
“Para que aula?”
Eu disse a primeira resposta que apareceu na minha mente.
“Biologia.”
“Falando em aulas, como as suas estão? Alguma preocupação
nesse departamento?”
“Não.”
Ela folheou mais algumas páginas no meu arquivo. “Notas
excelentes,” ela observou. “Diz aqui que você está dando aulas particulares
para o seu parceiro de biologia, Joseph Jonas.” Ela olhou para cima,
aparentemente querendo a minha confirmação.
Eu fiquei surpresa da minha tarefa de dar aulas particulares
ser importante o bastante para ir parar no arquivo da psicóloga escolar. “Até
então não conseguimos nos encontrar. Horários conflitantes.” Eu dei de ombros,
do tipo O que se pode fazer?
Ela deu um tapinha em meu arquivo na sua mesa, arrumando
todas as folhas soltas de papel em uma pilha arrumada, então inseriu-o no novo
arquivo que ela tinha etiquetado a mão. “Para te avisar de antemão, vou falar
com o Sr. McConaughy e ajustar alguns parâmetros para as suas sessões de aula
particular. Eu gostaria que todos os encontros fossem feitos aqui na escola,
sob a supervisão direta de um professor ou membro da escola. Eu não quero você
dando aulas particulares para o Joseph fora da propriedade da escola. Eu
especialmente não quero que vocês dois se encontrem sozinhos.”
Um calafrio andou na ponta dos pés pela minha pele. “Por
quê? O que está acontecendo?”
“Não posso discutir isso.”
A única razão que eu conseguia pensar no por que dela não me
querer sozinha com o Joe era porque ele era perigoso.Meu passado pode
assustá-la, ele tinha dito na plataforma de embarque do Arcanjo.
“Obrigada por seu tempo. Não vou te segurar mais.” A
Senhorita Greene disse. Ela caminhou até a porta, segurando-a aberta com seu
delgado quadril. Ela deu um sorriso de despedida, mas parecia perfunctório.
Após deixar o escritório da Senhorita Greene, eu liguei para
o hospital. A cirurgia da Miley tinha acabado, mas ela ainda estava na sala de
recuperação e não podia ter visitas até as sete da noite. Eu consultei o
relógio no meu celular. Três horas. Eu achei o Fiat no estacionamento dos
estudantes e entrei nele, esperando que uma tarde fazendo tarefa de casa na
biblioteca mantivesse minha mente longe da longa espera.
Eu fiquei na biblioteca pela tarde toda, e antes que eu
percebesse, o relógio na parede tinha passado silenciosamente para a noite. Meu
estômago retumbou contra a quietude da biblioteca, e meus pensamentos foram para
a máquina de comida bem do lado de dentro da entrada.
A última parte da minha tarefa de casa podia esperar até
mais tarde, mas havia ainda um projeto que requeria a ajuda de recursos da
biblioteca. Eu tinha um computador IBM vintage em casa com uma conexão de
internet discada, e eu tipicamente tentando me poupar de um monte de gritaria e
puxação de cabelo usando o computador do laboratório da biblioteca. Eu tinha
uma resenha teatral de Otelo com prazo para estar na mesa do editor do
eZine às nove da noite, e eu fiz um trato comigo mesma, prometendo caçar comida
assim que terminasse com ela. Empacotando meus pertences, eu andei até o
elevador. Dentro da caixa eu apertei o botão para fechar as portas, mas não
requisitei imediatamente um andar. Eu puxei meu celular e liguei para o
hospital novamente.
“Oi,” eu disse à enfermeira que atendeu. “Minha amiga está
se recuperando de uma cirurgia, e quando eu chequei mais cedo essa tarde,
foi-me dito que ela sairia hoje à noite. Seu nome é Miley Cyrus.”
Houve uma pausa e o clique de teclas do computador. “Parece
que vão levá-la para um quarto particular dentro dessa hora.”
“Que horas o tempo de visita acaba?”
“Oito.”
“Obrigada.” Eu desliguei e pressionei o botão do terceiro
andar, mandando-me para cima. No terceiro andar, eu segui as placas para as
coleções, esperando que se lesse diversas resenhas de teatro no jornal local,
isso estimularia minha fonte de inspiração.
“Com licença,” eu disse para a bibliotecária atrás da mesa
de coleções. “Estou tentando achar cópias do Portland Press Herald do
ano passado. Particularmente o guia de teatro.”
“Não temos nada tão atual nas coleções,” ela disse, “mas se
procurar na internet, eu acredito que o Portland Press Herald mantenha
arquivos em seu site. Dirija-se direto pelo corredor atrás de você e verá o
laboratório de mídia à sua esquerda.”
Dentro do laboratório, eu acessei um computador. Eu estava
prestes a mergulhar na minha tarefa, quando uma ideia me atingiu. Eu não
conseguia acreditar que não tinha pensado nisso antes. Após confirmar que
ninguém estava observando sobre o meu ombro, eu digitei “Joseph Jonas” no
Google. Talvez eu encontrasse um artigo que iluminasse seu passado. Ou talvez
ele mantivesse um blog.
Eu franzi a testa para os resultados de busca. Nada. Nada de
Facebook, nada de MySpace, nada de blog. Era como se ele nem existisse.
“Qual a sua história, Joe?” eu murmurei. “Quem é você... de
verdade?”
Meia hora mais tarde, eu tinha lido diversas resenhas e meus
olhos estavam vidrados. Eu ampliei minha pesquisa online para todos os jornais
de Maine. Um link para o jornal escolar da Kinghorn Prep apareceu. Alguns
segundos se passaram antes que eu identificasse o nome familiar. Por um
capricho, eu decidi checar. Se a escola era de elite como Elliot clamava ser,
provavelmente tinha um jornal respeitável.Eu cliquei no link, voltei até a
página de arquivos, e escolhi randomicamente 10 de fevereiro desse ano. Um
instante depois eu tinha uma manchete.
ESTUDANTE QUESTIONADO
POR ASSASSINATO NA KINGHORN PREP
Eu puxei minha cadeira mais para perto, atraída pela ideia
de ler algo mais excitante que resenhas teatrais. Um estudante de dezesseis
anos da Kinghorn Prep, que foi questionado pela polícia no que foi batizado de
“O Cingido da Kinghorn” foi liberado sem acusações. Após o corpo de Kjirsten
Halverson, de dezoito anos, ter sido encontrado pendurada de uma árvore no
bosque do campus da Kinghorn Prep, a polícia questionou Elliot Saunders, do
segundo ano, que foi visto com a vítima na noite de sua morte. Minha mente foi
devagar em processar a informação. Elliot foi investigado como parte de uma
investigação de assassinato? Halverson trabalhava como garçonete no Blind Joe’s.
A polícia confirmou que Halverson e Saunders foram vistos andando pelo campus
juntos tarde de sábado a noite. O corpo de Halverson foi descoberto na manhã de
domingo, e Saunders foi liberado na tarde de domingo após um bilhete de
suicídio ter sido descoberto no apartamento de Halverton.
“Achou alguma coisa interessante?”
Eu pulei ao som da voz de Elliot atrás de mim. Eu girei,
encontrando-o reclinado contra a ombreira da porta. Seus olhos estavam
estreitados ligeiramente, sua boca ajustada em uma linha. Algo frio fluiu por
mim, como um rubor, só que ao contrário. Eu virei minha cadeira ligeiramente
para a direita, tentando me posicionar na frente do monitor do computador. “Eu
só... eu só estou terminando a lição de casa. E quanto a você? O que você está
fazendo? Eu não te escutei entrar. Há quanto tempo você está parado aí?” Meu
tom estava descontrolado.
Elliot se afastou da ombreira da porta e entrou no
laboratório. Eu apalpei cegamente atrás de mim o botão de ligar/desligar do
monitor.
Eu disse, “Estou tentando acelerar minha inspiração numa
resenha de teatro que devo entregar para o meu editor mais tarde hoje à noite.”
Eu ainda estava falando rápido demais. Onde estava o botão?
Elliot espiou ao meu redor. “Resenhas teatrais?”
Meus dedos apertaram um botão, eu ouvi o monitor ficar
preto. “Perdão, o que você disse que estava fazendo aqui?”
“Eu estava andando quando te vi. Algo errado? Você parece...
nervosa.”
“Hãn... glicose baixa.” Eu varri meus papéis e livros em uma
pilha e joguei-os dentro da minha mochila. “Eu não comi desde o almoço.”
Elliot fisgou uma cadeira próxima e a girou para perto da
minha. Ele sentou-se de costas nela e se aproximou, invadindo meu espaço
pessoal. “Talvez eu possa ajudar com a resenha.”
Eu me inclinei para longe. “Uau, isso é muita bondade sua,
mas eu vou encerrar por hoje. Eu preciso pegar algo para comer. É uma boa hora
para dar um tempo.”
“Deixe-me te levar para jantar,” ele disse. “Não tem uma
lanchonete bem na esquina?”
“Obrigada, mas minha mãe ficará me esperando. Ela esteve
fora da cidade a semana toda e volta hoje à noite.” Eu me levantei e tentei
contorná-lo. Ele estendeu seu celular, e ele me acertou no umbigo.
“Liga para ela.”
Eu abaixei meu olhar para o telefone e lutei por uma
desculpa. “Não posso sair em noites de semana.”
“Isso se chama mentir, Demi. Diga à ela que sua lição de
casa está demorando mais que o esperado. Diga à ela que você precisa de mais
uma hora na biblioteca. Ela não vai saber a diferença.”
A voz do Elliot tinha assumido um tom que eu nunca ouvira
antes. Seus olhos azuis tinham a energia de uma frieza recém-descoberta, sua
boca parecia mais fina.
“Minha mãe não gosta que eu saia com caras que ela não
conheceu,” eu disse.
Elliot sorriu, mas não havia calor. “Nós dois sabemos que
você não se preocupa muito com as regras da sua mãe, já que sábado a noite você
estava comigo no Delphic.”
Eu estava com a minha mochila tombada em um ombro, e eu
estava agarrando a alça. Eu não disse nada. Eu passei encostando no Elliot e
saí do laboratório apressada, percebendo que se ele ligasse o monitor, ele
veria o artigo. Mas não havia nada que eu pudesse fazer agora. Na metade do
caminho até a mesa das coleções, eu ousei olhar sobre o meu ombro. As paredes
de vidro mostravam que o laboratório estava vazio. Elliot não estava em lugar
algum. Eu refiz meus passos até o computador, mantendo meus olhos atentos no
caso dele reaparecer. Eu liguei o monitor; o artigo de investigação de
assassinato ainda estava aberto. Enviando uma cópia para a impressora mais
próxima, eu a enfiei dentro do meu encadernador, fiz logoff, e me apressei em
sair.
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Boa noite gente
E ai, oque acharam do novo layout? é da minha linda .Thαis do Empire Jemi, achei ele muito cute, serião euaheuah
Acho que vai demorar mais um pouquinho pra postar e tal, esse era meu ultimo capiulo que tinha já preparado. Mudei tambem a personagem da Selena, que agora é Taylor, a rival da Demi auehah. Enfim, é isso. Beijos e até mais <3
Adorei o capítulo, mds a Demi tem que descobrir mais coisas, estou curiosa que nem ela. Que bom que gostou do meu layout diva, faça bom proveito dele <3 hsuashaus
ResponderExcluirPOSTA LOGOO!!!! Beijo